quinta-feira, 9 de setembro de 2010

não, minha mãe, eu vou (fui) mesmo dançar.



ainda estou a digerir.  a identificação é uma armadilha estética. o nó no estômago ainda aqui está. por razões  óbvias, tu, anja intermitente, vais, por certo, apreciar o filme  non, ma fille, tu n´iras pas danser. o enxerto anacrónico da história da mulher que procura o homem que lhe aguente o ritmo de dança por 12 horas seguidas é uma porta celta e pitoresca por onde se escapa uma gargalhada libertadora.  a relação da mãe divorciada com os dois filhos é um anzol  óbvio e doloroso  quando comparado com a rede fininha  em que o realizador nos  enreda discretamente o olhar posto na relação entre a mãe divorciada na casa dos trinta avançados e a mãe/avó soixante-huitard conformada com o seu casamento de juventude.  a ver, acho eu. 

4 comentários:

suprónia insuflávia disse...

Parece interessante. onde pode ser visionado?

mouche albértine disse...

monumental.

Belinha disse...

Também vi...

mouche albértine disse...

se o tivesse ido ver esta semana defenestrava-me.