queridos seios, farta das arrumações na nova casa, sentei-me, ainda de rolos na cabeça, a saborear uma cerveja, a que se seguiram outras. a decoração é moderninha e minimalista a apelar a bebidas brancas mais destiladas. mas eu sou como as noivas do minho que trocam os vestidos pretos pelo branco nupcial. teimo em manter as socas pretas por debaixo dos fru-frus de chantilly. enquanto demoram, ouço um velho disco de vinil já meio roufenho na aparelhagem novinha em folha a apelar a saudosismos e purismos serôdios. a nuvem de tabaco e os eflúvios alcoólicos passam já, descansem, graças ao ambientador-cheiro-a-figueira comprado ali na loja zen da esquina e que traz à boca um sabor a terra seca e à memória residual um título fugitivo de rodapé de telejornal: 90 metros já escavados no resgate dos mineiros subterrados a 700 metros de profundidade. o chico (lindo, lindo) faz as honras da casa a cantar:
Comunico oficialmente
Que há lugar na minha mesa
Pode ser que você venha por mero favor,
Ou venha coberta de amor
Seja lá como for, venha sorrindo
Ah, bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Que o luar está chamando,
Que os jardins estão florindo
Que eu estou sozinho
Cheio de anseio e de esperança,
Comunico a toda gente
Que há lugar na minha dança
Pode ser que você venha morar por aqui,
Ou venha pra se despedir
Não faz mal pode vir até mentindo
Ah, bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Que o meu pinho está chorando,
Que o meu samba está pedindo
Que eu estou sozinho
Vem iluminar meu quarto escuro,
Vem entrando com o ar puro
Todo novo da manhã
Lá vem a minha estrela madrugada,
Vem a minha namorada
Vem amada, vem urgente, vem irmã
Bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Que essa aurora está custando,
Que a cidade está dormindo
Que eu estou sozinho...
Comunico oficialmente
Que há lugar na minha mesa
Pode ser que você venha por mero favor,
Ou venha coberta de amor
Seja lá como for, venha sorrindo
Ah, bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Que o luar está chamando,
Que os jardins estão florindo
Que eu estou sozinho
Cheio de anseio e de esperança,
Comunico a toda gente
Que há lugar na minha dança
Pode ser que você venha morar por aqui,
Ou venha pra se despedir
Não faz mal pode vir até mentindo
Ah, bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Que o meu pinho está chorando,
Que o meu samba está pedindo
Que eu estou sozinho
Vem iluminar meu quarto escuro,
Vem entrando com o ar puro
Todo novo da manhã
Lá vem a minha estrela madrugada,
Vem a minha namorada
Vem amada, vem urgente, vem irmã
Bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Que essa aurora está custando,
Que a cidade está dormindo
Que eu estou sozinho...
7 comentários:
nova casa?
a nossa. esta a dos seios.um soutien comunitário.
estamos num fuso horário marado. parece-me bem. não consigo mudar.
cada um devia poder escolher o seu horário. obriga-se o sono a cumprir regras e depois ele revolta-se em reviravoltas na cama.
eu estava a falar do fuso horário do blogue - estavamos em Casablanca - mas a S.I. conseguiu ir às definições colocar-nos nas horas de Lx.
Contrariada, pois preferia horário casablanquense...
Gosto na nova imagem.... nós esbeltas e decididas... a fazer frente a um homem pequenote... pouco giro e pouco atento....
Estamos no bom caminho....
Homens, aceitem o convite e respondam à provocacão....
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